Porquê?
Porque se queres realmente incluir todos os géneros, ao escreveres “bem-vindo/a” estás a excluir as pessoas não-binárias.
E tens mesmo de escrever um texto inteiro cheio de “/”? Ou cheio de “@” ou “X”?
Como se lê um “@” ou um “x” em voz alta? Além de se tornar aborrecido, secante e difícil de ler.
É para isso que escreves algo? Para ninguém ler?
Se queres realmente escrever, sem excluir, opta por uma linguagem neutra de género.
Como? Adaptando o teu texto para ficar sem género. Por exemplo:
- “Ficaste curiosa?” ➝ “Despertei a tua curiosidade?”/ “Ficaste com curiosidade?”
- “Ontem, no parque, vi vários meninos e meninas a brincar.” ➝ “Ontem, no parque, vi várias crianças a brincar.”
Adapta.
Senão, escreve no masculino. Se fores um aficionado da Língua Portuguesa, sabes que a mesma nos diz que é a forma de se incluir os diversos géneros.
Se devia ser assim? Era outra discussão que dava pano para mangas (e, no verão, com tanto calor ou no inverno ao pé da fogueira, dispensamos as mangas, não é verdade?)
Repara como escrevi este texto. Escrevi para ti e não faço a mínima ideia com que género te identificas (ou até mesmo se não te identificas com nenhum).
Viste aqui barrinhas e mais barrinhas? Ou o meu texto carregado de “o’s” e “a’s” solitários? Ou de “X” a parecer que a tecla ficou presa e que desconheço mais letras do abecedário?
Escreve. Escreve para quem te lê. Escreve de forma neutra e inclui todo o teu público. Torna a tua marca/negócio inclusiva.
Eu sei. É apenas um pormenor. Mas uma marca carregada de pormenores conquista, muito mais facilmente, a confiança de potenciais clientes. Isso e clientes fiéis. Daqueles que criam ligação com a marca e que tencionam ficar. Daqueles que a defendem com unhas e dentes (afinal que melhor marketing existe do que aquele que é dito pela boca de quem nos adora?)