Os meus pais chamaram-me Nádia Ventura
e às vezes tenho a mania que sei escrever.
Nasci em 1997,
numa terça-feira de carnaval, e soube o que queria fazer.
Sim, é mentira.
Descobri a paixão pelas palavras em 2000 e … (bolas, já não sei fazer contas!). É mais fácil dizer que foi quando tinha 11/12 anos. Ainda me lembro da professora lançar-nos o desafio de escrever uma história cujo o título era “O mistério dos ovos azuis”.
Quando terminei a minha licenciatura em Marketing Turístico, estagiei na Câmara Municipal e fiquei tão chateada, triste e revoltada quando percebi que não conseguia estágio numa agência ou boa empresa.
Não queria nadinha estagiar num sítio demasiado burocrático, cheio de regras. Queria liberdade para propor novas ideias, para questionar o porquê de fazerem assim, para desafiar a ensinarem-me tudo o que sabiam.
Mas aceitei (“Bem, ao menos poupo um belo dinheiro em rendas e despesas, tenho a comida da mãe todos os dias e posso ir beber café com os meus amigos quando quiser”). E depois mordi a minha própria língua.
Estagiar onde estagiei proporcionou-me experiências incríveis, como assistir a todos os concertos das Festas da Cidade no backstage ou trabalhar até de madrugada cansada, mas cheia de alegria e animação. Ou conhecer os museus. Ou até mesmo falar com as pessoas na rua (como eu adoro conhecer as histórias de cada um).
Mais importante: conheci pessoas incríveis, que ainda hoje estão na minha vida e que encho de abraços cada vez que as vejo.
E fui recomendada por uma delas ao meu primeiro chefe da área do marketing.
E passito a passito, esse chefe “levou-me” para outro emprego onde aprendi tanto, mas tanto. E depois voei. Voei para fora destes “ninhos” confortáveis.
E se fosse hoje? Faria tudo igual.